Uma canetada tomada em um luxuoso gabinete pode afetar a vida de todos os brasileiros. É isso que observamos hoje, com a crise dos combustíveis, que ameaça deixar o País parado.

Em 2016, com a promessa de salvar a Petrobras, o governo decidiu que você ia pagar a conta. Definiu que os preços praticados pela estatal acompanhariam o mercado internacional. Ou seja, se o dólar ou o petróleo subir, os combustíveis subiriam junto. E é isso que ocorre hoje.  Até 2015, os preços da gasolina e do diesel eram influenciados por decisões do governo, que chegou a usá-los como instrumento para controlar a inflação.

Agora, na tentativa de estancar a sangria, o governo faz um anuncio que vai zerar um dos tributos que fazem parte do cálculo dos combustíveis. Porém, sabe o que mudará para você? Nada, ou quase nada, para sermos otimistas. O tributo zerado é o Cide, o que tem menor impacto no preço dos combustíveis.

O que revolta os brasileiros é o fato de que os abusos ocorrem há tempos. Em qualquer anuncio de aumento nas refinarias, os preços automaticamente sobem nas bombas. E você se lembra o que ocorre quando se anuncia que os preços vão cair? Nada. No máximo míseros centavos.

A atual crise realmente joga gasolina nos ânimos da população. Mesmo quem não tem carro, vai sentir quando tentar encher o carrinho no supermercado. Quem anda de ônibus em Ribeirão Preto já encara racionamento de horários, já que as empresas temem ficar sem combustíveis se manter o já precário sistema.

A pergunta que fica é até quando a conta será jogada nas costas de quem realmente faz o País andar e qual será a resposta que será dada em outubro?