A Prefeitura De Ribeirão Preto mais uma vez esquece de dialogar e ouvir a população, desta vez esqueceu de ouvir os comerciantes e moradores que serão prejudicados com a criação dos corredores de ônibus na Avenida Dom Pedro.

A Prefeitura esquece de ouvir os comerciantes e com isso quem irá perder será o trabalhador porque com o comercio enfraquecido o emprego das pessoas da região estará em perigo.

Cabe lembrar ainda que, em momento algum, se coloca em discussão a importância das obras. Ribeirão Preto precisa avançar no sistema de transporte público. Corredores já deveriam estar funcionando há anos, mas tudo feito com planejamento, com realizações de audiências públicas e ouvindo quem mais importa: os moradores das regiões afetadas. Do jeito que está sendo feito, parece mais um ato visando benefícios em uma futura eleição. Tudo feito às pressas, para dar tempo de mostrar no próximo ano.

Temos outras saídas para o problema do transito, como a abertura da Avenida Rio Pardo por exemplo. É só utilizar o dinheiro da criação deste corredor de ônibus para abrir a avenida, um pedido antigo dos moradores.

Continuarei sempre ao lado da população, dos comerciantes e da minha querida Ribeirão.

Escrevi um artigo falando sobre isso e que está público no Jornal Tribuna Ribeirão de hoje.

Leia o artigo na integra:

O Ipiranga às margens

A avenida leva o nome de quem tem seu grande ato saudado em nosso Hino Nacional. Dom Pedro I é reverenciado 
por ter gritado, às margens do rio Ipiranga, a frase “Independência ou Morte”. Em Ribeirão Preto, os comerciantes da avenida Dom Pedro se preocupam hoje com a sobrevivência de seu negócio. Reclamam, com razão, que o bairro Ipiranga foi colocado às margens pela Prefeitura de Ribeirão Preto, que definiu, sem nenhuma consulta pública, implantar corredores de ônibus na avenida.

O governo também definiu por corredores na Avenida Saudade. Ou seja, os dois principais corredores comerciais da zona Norte de Ribeirão Preto terão uma mudança muito grande, perdendo centenas de vagas de estacionamento, por exemplo. Será que isso será benéfico?

Muitos podem alegar que muitos comerciantes já têm estacionamento vertical para os clientes. Mas você sabia que até isso muda com os corredores? Os comerciantes da Dom Pedro só poderão usar 30% da frente do terreno para vagas. Isso também terá um impacto gigantesco. O governo diz que a situação é simples, já que vagas de estacionamento rotativo
serão criadas nas ruas e avenidas perpendiculares e adjacentes. Ou seja, muitos terão que pagar para estacionar em ruas que, atualmente, não existe essa cobrança.

Cabe lembrar que, em momento algum, se coloca em discussão a importância das obras. Ribeirão Preto precisa avançar no sistema de transporte público. Corredores já deveriam estar funcionando há anos, mas tudo feito com planejamento, com realizações de audiências públicas e ouvindo quem mais importa: os moradores das regiões afetadas. Do jeito que está sendo feito, parece mais um ato visando benefícios em uma futura eleição. Tudo feito às pressas, para dar tempo de mostrar no próximo ano.

Os comerciantes também bradam forte contra a situação. Querem que todos ouçam o “grito do Ipiranga”. Por isso, quem está instalado na Dom Pedro fez um abaixo-assinado 
com mais de 2 mil adesões. O documento foi entregue à Câmara e explicações já foram pedidas ao governo.

A Prefeitura abriu mão de conversar com os comerciantes. O que se espera agora é que ela ouça os gritos de quem luta de, forma intensa, pela manutenção de seu sonho. Que o governo acorde, levante do “berço esplêndido” que parece estar deitado eternamente. Nosso Ipiranga, não pode ficar às margens.