A Comissão Parlamentar de Inquérito que visa apurar irregularidades nos serviços executados pela operação Tapa Buracos, ouviu na manhã desta segunda-feira, 29 de junho, o diretor da empresa CG engenharia e Construtora Ltda, responsável pelo serviço Tapa Buracos em Ribeirão Preto, Ricardo Alberto de Castro.

Conduzindo a oitiva o presidente da CPI, e com exceção do vereador Paulo Modas (PSL), os demais membros, Jean Corauci, Adauto Marmita (PROS) e Orlando Pesoti (PDT) acompanharam de forma remota, assim como os vereadores Bertinho Scandiuzzi (PSDB) e Mauricio Gasparini (PSDB).

Iniciando a oitiva, o diretor afirmou não saber com exatidão o endereço da empresa em Ribeirão Preto após questionamento feito por Maraca que o local indicado pela mesma é um canteiro de obras.

Sobre a composição das equipes, Ricardo explicou que são formadas normalmente por cinco a seis colaboradores, tendo o motorista também a função de chefiar a equipe. Todos os funcionários possuem vinculo empregatício com a empresa, não havendo terceirização. Alegou também que houve uma adaptação na quantidade de funcionários por equipe exigida em contrato, que seriam sete, mas observaram não ser necessário esse número o que foi aceito pela prefeitura.

Também foi informado aos vereadores que o cronograma de trabalho é fornecido no dia anterior, e em muitas ocasiões o mesmo é modificado pouco antes de a equipe ir a campo, e nestes casos a empresa mantem uma equipe flexível. Essa falta de um cronograma com maior tempo, não dá a possibilidade da empresa se programar quanto ao material e desta forma deixando o serviço menos ágil e produtivo.

Sobre o intervalo entre o primeiro e segundo contrato com a prefeitura de aproximadamente quatro meses, o diretor declarou que existia um atraso significante dos pagamentos e somente retornaram após o acerto da prefeitura. E ainda hoje existe um atraso de pagamento. Foram realizadas quatro medições, completando a quinta amanhã, e foram efetuados somente dois pagamentos, sendo o segundo ocorrido semana passada, após a empresa advertir que poderia haver suspensão dos trabalhos por falta de pagamento. Existem duas notas fiscais pagas e três pendentes, visto que a terceira vence amanhã.

As normas técnicas analisadas e em várias ocasiões verificadas pelos membros da CPI que não vinham sendo cumpridas, o diretor afirmou que as equipes da empresa cumprem todas as normas, e em casos que existe risco em utilizar o rolo compressor, ou quebra do mesmo, a placa vibratória é usada com o mesmo resultado satisfatório. E em 80% dos trabalhos executados é usado o rolo compressor. Foi inteirado também que a garantia sobre o serviço executado é de cinco anos, mas essa garantia é sobre o material e forma usada pela empresa.

A relação de buracos tapados durante a vigência do contrato, inclusive com endereços de cada um, será levantada e enviada pela empresa a CPI.

Durante a apresentação de fotos de diligencias realizadas anteriormente pelos membros da comissão, foi apontado erros em marcações para recortes, mas o diretor afirmou que as marcações são realizadas em conjunto com o fiscal da prefeitura e dois fiscais da CG, não sabendo explicar sobre aquele fato em específico.

Com o contrato chegando ao fim em cerca de 45 dias, foi questionado sobre o mesmo ter a duração de seis meses, Ricardo afirmou ser o primeiro contrato assinado pela empresa por este período, visto que em outras cidades o que prevalece é contrato anual.

Finalizando a reunião o vereador Alessandro Maraca afirmou que o objetivo continua sendo que sejam cumpridas as normas técnicas em 100% do trabalho realizado.