Meu projeto que cria locais destinados para soltar pipa chamado de Pipódromo foi aprovado na última quinta.

Este projeto faz com que a Prefeitura De Ribeirão Preto crie áreas em praças e parques para as crianças e jovens poderem soltar pipa sem trazer perigo para suas vidas e para os motociclistas.

Sei que não é suficiente para acabar com os acidentes causados pelas linhas com cerol que muitas vezes são usadas pelos jovens, mas com essa medida podemos começar a conscientizar as crianças e jovens para que em um futuro próximo não tenhamos mais acidentes que por muitas vezes levam a vida de trabalhadores e também iremos tirar as crianças do mundo digital trazendo mais lazer para elas.

Continuarei trabalhando para uma cidade mais justa para todos.

Veja a matéria do Jornal Tribuna falando a respeito deste projeto.

Pipas – Projeto prevê criação de pipódromo em RP

Ribeirão Preto poderá ga­nhar pipódromos e um con­curso de papagaios parladores, ou seja, falantes. A proposta que cria na cidade espaços apropria­dos para a soltura de pipas é de autoria de Jean Corauci (PDT) e foi aprovada na sessão de terça-feira, 2 de julho. O projeto apro­vado seguirá agora para a sanção ou veto do prefeito Duarte No­gueira Júnior (PSDB).

Segundo o vereador, a lei é im­portante para as crianças e jovens deixarem de lado o mundo digi­tal buscando brincadeiras mais saudáveis e de interação social, proporcionando lazer, cultura, socialização e educação quanto às regras de segurança e responsabi­lidade para soltar pipas. Os pipó­dromos deverão ser criados em áreas amplas e próprias para soltar pipas, sem a existência de rede elé­trica aérea ou fluxo de veículos de qualquer natureza.

A prática de empinar pipas, embora seja uma brincadeira sau­dável, já ocasionou alguns casos de óbitos em Ribeirão Preto e o hábi­to de utilizar cerol, crianças utili­zando de vias públicas para pra­ticar a atividade, são causas de frequentes acidentes. Em 2005 foi sancionada a lei nº 10.438, que aborda o assunto com a ins­tituição da semana educativa in­titulada “Pipas sem Mortes” a ser realizada na segunda quinzena do mês de junho e na segunda quinzena do mês de novembro de cada ano nas escolas munici­pais de Ribeirão Preto.


Pipas provocam 22 problemas por mês 

As férias escolares de meio do ano estão chegando e, com elas, aumenta o número de crianças, adolescentes e até mesmo adultos aproveitando o período para curtir uma das mais antigas e tradicionais atividades da infância: soltar pipa. Uma das principais causas dos acidentes está relacionada ao uso de cerol – mistura de cola, limalha e vidro moído – e da “linha chilena” – composto de quartzo moído e óxido de alumínio, que podem romper os cabos, ocasionando choque elétrico e até morte. Vale ressaltar que o uso dessas substâncias na pipa é considerado crime penal, previsto nos artigos 129, 132 e 278, do Código Penal Brasileiro, e no artigo 37, da Lei das Contravenções Penais. Em caso de rompimento de cabos pelo uso de cerol e da “linha chilena”, a popula­ção deve acionar imediatamente a distribuidora por meio dos canais de atendimento: o aplicativo “CPFL Energia” (disponível para celulares e tablets) e o site cpfl.com.br. As ferramentas podem ser usadas pelos clientes das concessionárias do Grupo CPFL Energia para repor­tar ocorrências e acidentes na rede elétrica. É importante que a pessoa permaneça o mais distante possível do fio partido para evitar acidentes graves e fatais. A CPFL Paulista – que atende 309.817 consumidores de Ribeirão Preto e mais 4,2 milhões de clientes espalhados em outras 233 cidades do estado de São Paulo – registrou, em 2018, 4.161 ocorrências na rede (interrupções, acidentes, etc) decorrentes da utilização das pipas, interrompendo o fornecimento de energia para clientes em diferentes oportunidades. Até maio de 2019, o número de ocorrências já somou 1.306. Em Ribeirão Preto, somente em cin­co meses deste ano (entre janeiro e maio), já são 111 casos, média de 22 por mês, mais de um a cada dois dias. O número de ocorrências, no entanto, caiu de 2017 para o ano passado, de 306 (média mensal de 25) para 296 (24 por mês), dez registros a menos, queda de 3,26%. Em 29 meses, 713 problemas foram detectados. “Nessa época do ano, é preciso que pais e responsáveis redobrem a atenção com as crianças durante a brincadeira. Os impactos para a população podem ser graves, pois colocam em risco a segurança tanto de quem empina a pipa, como quem fica exposto ao fio caído”, afirma Marcos Victor Lopes, gerente de Saúde e Segurança da CPFL Energia. A conscientização faz parte da campanha Guardião da Vida, que desenvolve ações visando estimular a comunidade a adotar atitudes mais seguras como parte responsá­vel pela vida de outras.

Dicas da CPFL para soltar pipa
  • Nunca use cerol ou a linha “chilena”. Além de causar graves acidentes, elas são proibidas por lei 
  • Empine pipas longe de rede elétrica e subestações (onde não exista nenhum tipo de cabo de energia, de serviço telefônico, antenas de celular). Isso evita acidentes e interferências na qualidade desses serviços 
  • Não empine pipas em locais de grande circulação, como avenidas e rodovias 
  • Não utilize papel alumínio na confecção da pipa. O material em contato com os fios provoca curtos-circuitos 
  • Caso a pipa enrosque nos fios, nunca tente recuperá-la. Não utilize canos, bambus ou cabo de vassouras para desenroscar o brinquedo da rede elétrica 
  • Não suba em lajes de casas para empinar ou recuperar pipas. Qualquer distração pode causar uma queda 
  • Tenha cuidado com ciclistas e motociclistas. Em velocidade, linhas podem não ser vistas e, com isso, causar graves aciden­tes, sobretudo se tiverem cerol ou se a linha for a chilena 
  • É aconselhável ter sempre um adulto responsável acompa­nhando as crianças no momento da brincadeira.