Um projeto de lei em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara de Ribeirão Preto quer criar o Vale-Transporte Desemprego no município. De autoria do vereador Jean Corauci (PDT), a proposta estabelece que sejam beneficiados os trabalhadores registrados em Carteira de Trabalho Profissional (CTPS) demitidos sem justa causa, que permaneceram no mínimo doze meses em um mesmo emprego.
De acordo com o parlamentar, o projeto tem como objetivo possibilitar que trabalhadores desempregados tenham como procurar uma nova colocação profissional. Para o benefício ser concedido, se aprovada a proposta, a adesão ao Vale-Transporte Desemprego tem de ser feita no prazo máximo de seis meses, após a demissão. O benefício seria temporário, por noventa dias e garantiria duas passagens diárias válidas apenas para os dias úteis da semana – segunda a sextas-feiras.
Para ser implantado, o projeto precisa receber parecer favorável da Comissão de Justiça, ser aprovado em plenário pelos vereadores e sancionado pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB). Caso isso ocorra, para ter direito ao bilhete gratuito, o desempregado terá de comprovar que atende as condições estabelecidas na lei, como apresentação de CTPS, Termo de Rescisão do Contrato Empregatício, entre outros.
“O benefício minimiza os danos causados aos trabalhadores quando perdem o emprego sem justa causa e incentiva o cidadão a buscar novo trabalho, sem ter de se preocupar com os custos de sua locomoção”, destaca Jean Corauci na justificativa do projeto.
São Paulo já tem
Na cidade de São Paulo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o Metrô, órgãos ligados ao Governo do Estado, oferecem um passe especial para quem foi demitido sem justa causa e está buscando uma nova oportunidade de trabalho. A medida atende quem está fora do mercado há, no mínimo, um mês e, no máximo, seis meses. A isenção vale por três meses, não renováveis, e o bilhete especial pode ser utilizado apenas nos sistemas de trens e metrô da Grande São Paulo.
Já a Prefeitura daquela cidade também tinha projeto semelhante que funcionou por poucos meses em 2016. Ele foi concedido por decreto do então prefeito Fernando Haddad (PT), mas, na época, em função das eleições municipais o benefício foi suspenso e não retornou mais.
Foto:ALFREDO RISK
Fontre : Jornal Tribuna
Fontre : Jornal Tribuna
0 Comentários