As notícias da alta do dólar podem até não chamar a sua atenção. Podem ficar ali perdidas, em meio às notícias do seu time do coração, as fofocas das celebridades ou as baixarias de Brasília. Mas, ir ao supermercado e descobrir que os preços dispararam não passa batido. Não é verdade? E chegar na padaria e ser surpreendido com o pãozinho mais caro? Não é brincadeira, não é?
Não vou falar em surpresa, já que isso já acontece de forma rotineira, mas é bem chato o aumento da gasolina, não é?
Muitos devem se perguntar: mas isso tem relação com o dólar mais caro? Tem certeza disso? Eu não recebo nada em dólar, como isso pode afetar a minha vida?
Infelizmente, sua vida fica mais cara com a desvalorização desenfreada do Real frente à moeda americana, que nos últimos dias voltou aos patamares da maior marca da história, remetendo a 2016, plena época de crise do governo Dilma e articulação para o impeachment.
É claro que quem mexe com exportação aponta fatores positivos, mas vamos aos fatos que afetam o dia a dia da maioria das pessoas. Você, que sofre para ajustar o seu orçamento a cada mudança no mercado, com certeza sentirá os prejuízos causados por esse desequilíbrio econômico sem fiom.
A alta do dólar afeta a vida das pessoas comuns porque puxa a inflação para cima. Sabe porque o macarrão, a gasolina e até o pãozinho podem subir de preço? Porque muitas matérias-primas são importadas, como o trigo, gás e a própria gasolina. Ou seja, os custos para o produtor aumento e, é claro, que isso é repassado para você. Isso é o mercado.
E ainda tem outro ponto fundamental. Boa parte de produtos produzidos aqui no Brasil mesmo, sem interferência de matéria-prima estrangeira, também têm seu preço atrelado ao dólar, por competir no mercado externo. É o caso da soja, da carne, do café, do açúcar, do milho, entre outros.
Por enquanto, o discurso é que os preços não devem subir. A Associação dos Supermercados correu para afirmar que a variação dos preços deve ser “leve”, porém não será o suficiente para aumentar o índice de inflação mensurado no setor, que deverá permanecer contido nos próximos meses. Pelo menos, esse é o discurso. Difícil é acreditar que a vida dos cidadãos comuns não será afetada. Esse filme já foi visto diversas vezes.
Então, é bom ficar ligado e fazer o que a dona de casa sempre faz com primor: pesquisar muito na hora de fazer compra. Antes de encher o carrinho, é bom ficar atendo aos estabelecimentos que não estão fazendo o consumidor sofrer. O famoso folhetinho de ofertas será seu grande aliado, pelo menos para você que não recebe alguns dólares no fim de casa mês.
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