Virou uma briga de gato e rato, um “Tom e Jerry” caipira. Pela segunda vez, a Câmara de Vereadores aprovou decreto legislativo que determina o aumento da frota de onibus durante a pandemia do novo coronavírus. No dia seguinte, o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) decidiu prorrogar as 17 medidas restritivas de combate à propagação da covid-19, entre elas a que limita o número de passageiros no transporte coletivo urbano.
Na sessão de quinta-feira, 23 de julho, os vereadores sustaram os efeitos do artigo 3ºdo decreto no 163 do Executivo, que permite à Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) e ao Consórcio PróUrbano – grupo concessionário do transporte coletivo urbano formado pelas viações Rápido D’Oeste (40%), Transcorp (30%) e Turb (30%) – a readequarem a grade de horários e itinerários de transporte coletivo aos finais de semana.
Segundo o autor da proposta, Jean Corauci (PSB), o objetivo é proibir o Consórcio ProUrbano de reduzir ou retirar de circulação veículos do transporte público municipal, já que isto poderia causar aglomeração nos pontos de parada ou terminais e superlotação nos ônibus, apesar de que ideia da prefeitura é evitar que as pessoas saiam de casa no final de semana.
Nesta semana, desde segunda-feira (20), o grupo concessionário está com mais ônibus nas ruas nos dias úteis, para atender as pessoas que precisam sair para trabalhar, ir ao médico ou em caso de outra situação urgente, como prevê o Plano de Adequação do Transporte Coletivo. A medida, segundo a prefeitura, visa o controle do número de passageiros transportados, ampliação da frota, além de campanha de conscientização para o uso de máscaras, distanciamento social, entre outras ações.
Durante a semana houve aumento de veículos nos horários de pico – começo da manhã e final da tarde – em 41 linhas. Mas, aos finais de semana, quando as pessoas deveriam ficar em casa, segundo a prefeitura, apenas ônibus de doze linhas circulam pela cidade. O plano foi adotado atendendo a uma determinação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), após reuniões com autoridades, setores produtivos e o Comitê Técnico de Enfrentamento da Covid-19. O plano vale até 9 de agosto.
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